Não estava lá para ouvir, ou sequer para ver.
Mas ver uma árvore morrer deve ser das coisas mais impressionantes a que se pode assistir.
Não há dor, ou gritos de agonia. Não existem pedidos de clemência ou misericórdia, ou os lugares comuns do costume.
Foi cedo, já estava na hora, foi melhor assim.
Dispenso.
Um dia quando morrer, e se morrer, pois hoje em dia já nada é uma garantia, quero morrer com a dignidade com que uma árvore morre. De pé.
23 de Fevereiro. Parque Terra Nostra.
A morte de um Carvalho Americano.
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