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Este e outros posts no meu novo blog.

Mulheridade.

A mulher não devia definir um género, mas sim a espécie. Toda a espécie. Toda a espécie que, de modo leviano e irreflectido, decidimos chamar de Homem. O Homem é a espécie, a mulher a exclusão que ajuda a definir o género.
Elas sabem disso, estão lixadas e vão fazer-nos a vida negra.
Desde quando é que o género masculino dá à luz?, garantindo o perpetuar da dita humanidade? Mulheridade, define melhor a nossa espécie e lá está por exclusão, o gráfico apêndice, define o género, o que sobra, o homem.

Elas são mais, têm mais poder e são o cálice sagrado por onde a vida se verte. Então porque não vivemos nós numa mulheridade?

Diz-se que os homens espalham a semente, e a mulher receptiva, sempre receptiva, secularmente receptiva ou não fosse mãe, luta com os seus pares para receber esta semente e fazer dela um filho. Já dizia a bíblia:

"Todo o sémen é sagrado. Todo o sémen é maravilhoso. Se o sémen é desperdiçado Deus fica consideravelmente agastado. Deixem que os ateus e os agnósticos entornem o seu no chão empoeirado, pois Deus os castigará por toda e qualquer gota perdida."

Esta luta pelo sémen é a génese de todo o mal e impede a erecção da Mulheridade. Uma ambiguidade bastante complexa, diga-se, esta do querer e ter poder para dominar a humanidade, mas primeiro ter que matar todas as outras mulheres, sendo que a determinado ponto terão de ir as mães, tias, avós e crianças.

É terrível a capacidade auto destrutiva da mulheridade. O mal que as magras fazem às gordas, e as gordas às magras é pior que muitas guerras juntas. E o que as velhas fazem às novas e vice versa nem será comparável a uma praga. As casadas massacram as solteiras e as solteiras roubam os homens às casadas. E as cabronas que fazem operações plásticas?, sempre contras as flácidas e badalhocas cheias de celulite que dizem que aquilo é só silicone? "São todas umas putas!" é o consenso possível dentro da mulheridade.

A homosexualidade feminina (lá está o homem outra vez no meio de um assunto que não é dele) dá-nos algumas luzes de como o problema poderia ser resolvido: amando a próxima como se não houvesse amanhã. Porém  uma mulheridade consensual constituida só por lésbicas não me parece ser muito representativa.

Então como resolver este problema e conferir à mulheridade o lugar de destaque que merece na hierarquia da Vida?

É não dar muito importância ao assunto. Chegando mesmo ao ponto de fingir que a mulheridade não existe.
O homem a espécie, a humanidade dos homens. As mulheres dedicam-se a brigar lá entre elas tudo o que tiverem que brigar, o melhor é não interferir e deixar a natureza tomar o seu curso. No fim das contas e das brigas ocupam-se de mandar em nós, aqueles que espalham a semente, a humanidade, os homens, quanto mais não seja porque temos medo. Se o homem se envolve numa guerra que pode durar anos, a mulher está nisto desde o príncipio dos tempos. É um sinal de inteligência e de auto preservação deixar que manietação seja pacífica e tranquila.

Até porque no fundo, a humanidade é só um nome, como outro qualquer, que define o que é a mulheridade.
De uma forma ou outra tudo acaba como começa.
Com fraldas.


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Felice Casorati.
Le Signorine
(A mulheridade inspirada na pureza imaculada da Vénus do Milo de Sandro Botticelli). No Museu de Arte Moderna de Veneza, Ca'Pesaro.


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