O Guia Michelin Nova York deste ano sai hoje, o que gera quase tanta ansiedade como um novo pacote de medidas de austeridade.

Que apoquentação vai ser a noite de hoje, que irá revelar os grandes vencedores, ou perdedores de estrelas Michelin em Nova York. Confesso, que a tirar-me o sono só se for para tentar uma reserva numa das surpresas da noite. Agora, o que penso, muito sinceramente, é que surpresas serão poucas, num guia que fora de França é cada vez menos respeitado e considerado. É natural, quando só cozinhas com uma matriz francesa vêem, com consistência, os seus esforços recompensados. Mesmo assim, este continua a ser o lado para o qual eu durmo melhor. Entre estar aqui na eterna conversa do tipo que merece e do tipo que não merece, até porque não tenho qualquer credibilidade para o fazer, diria apenas que já fui jantar a muitos restaurantes com estrelas e de facto reporto alguma incoerência. Mas repare-se, os leões em Cannes também o são, e os Óscares, e os Globos, e o concurso da Miss Universo ou o Festival da Canção. Desde de quando a cesta de fruta da Dina merece só um ponto de Bragança? Creio que é este o ponto que faz do Guia Michelin o que ainda é. A polémica, a discussão, quase como discutir os casos da jornada à segunda-feira. Nunca ninguém fica de acordo com alguém que pertença a outro clube, mas é giro. Por isso, venham mas é as pipocas e a grande polémica, que é muito mais gira do que a discussão pela coroa universal, entre a Miss venezuela e Miss Rússia. Por mim, são todas boas. Já agora, deixo o interessante documentário sobre o post que acabo de escrever.

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