Orgulhosamente sós continua a ser parvo. Já orgulhosamente saudáveis não me parece uma má ideia.

Li uma coisa interessante no outro dia: riqueza não é ter muito dinheiro, é ter a capacidade de tomar opções. O mesmo se aplica a comer. Comer bem não quer dizer que eu tenha muito dinheiro para ir aos melhores restaurantes ou comprar os melhores ingredientes. Comer bem é uma opção que eu tomo. Quer dizer, como, neste caso. Quando eu resolvo comer de forma saudável sou o dono do meu destino e como tal até sou rico. Rico em nutrientes e vitaminas. E pobre em colesterol, sódio e outras merdas. (Floribela, o teu legado é um filão inesgotável) Comer bem é uma missão de vida, enquanto comer comida processada, industrializada, congelada ou simplesmente mal confeccionada é uma missão suicida. Em quase todas as doenças que flagelam a nossa existência, principalmente no cancro, se encontram raízes na alimentação pouco saudável. Claro que não o faço numa perspectiva de criar imunidade, porque esta não a crio. Crio apenas a esperança que posso ser mais saudável do que quem come mal. Tenho apontado este raciocínio várias vezes, por isso, insisto na ideia de não aproximação ao lugar comum: no tempo do Salazar é que era. Mas o que é fato, é que toda a libertinagem pós 25 Abril marca um decadência astronomicamente rápida da nossa alimentação. Do saudável até onde estamos hoje, que é mais ou menos comparável ao fundo de um poço, não passa mais do que um bom par de anos. Precisamos de um novo golpe de estado, agora na alimentação. Por parte de um governo esperaria maior pedagogia. Retirar cadeiras que estão apenas a encher o horário curricular, como quem enche um chouriço, quando seria importante, mesmo vital ter uma cadeira sobre alimentação, lá em cima, lado a lado com matemática e português. Mas em casa, em casa é que é o verdadeiro drama. Temos milhões de famílias completamente reféns da comida processada industrialmente. O fato de gostarem promove um quase adormecimento. E o fato dos filhos comerem e calarem será uma espécie de Olimpo. Por isso, falar em síndrome Estocolmo neste resgate é uma clara despromoção para este afeto que os portugueses sentem pela porcaria. Se somos o que comemos, um dos primeiros passos que podíamos dar para sair desta profunda crise seria termos uma melhor alimentação. E para tal não precisamos de ser ricos, ou ter muito dinheiro, basta querermos comer de forma saudável e equilibrada. Tomar esta opção fará de nós pessoas ricas. E não é exatamente isso que queremos?

Comentários

  1. Estou contigo. E ainda bem que estás de volta. Ehehe

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  2. ;) Obrigado R. Era uma luta à qual me dedicava. O resultado, é óbvio, ficaria tudo igual. Mas pelo meio se conseguíssemos arrebanhar uns quantos, já era lucro.

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