A Sandwich que levou 20 anos e 7 posts a ser feita. • 7 Sandwich’s • 7 dias • 7 posts



Esta saga não podia acabar sem um estrondoso retorno à infância de Luís Anton Ego. Estrondoso, só porque relembra o alter-ego/personagem. Não se trata de uma sandwich que L.A.E comia quando era criança. Cresci a pão com manteiga. Trata-se sim, de um imaginário construído ao longo de vários anos, a partir de um quadrinho do livro de Astérix, onde um romano, a cavalo, comia directo de uma ânfora, salsichas com mel. O romano, chega ao detalhe de se deter sobre a temperatura das mesmas não ser a ideal.






Bem Vindos ao 7º episódio da série • 7 Sandwich’s • 7 dias • 7 posts. Ufa! Nunca pensei que a demanda fosse tanta. Tiro o meu amuse de bouche para todos aqueles que têm de escrever conteúdos todos os dias. Aos bons. Aos maus como L.A.E, levam pimenta da terra com queijo fresco e já é bom.
Nesta iniciativa, que só consigo adjectivar como parva, L.A.E fez 7 das suas sandwich’s preferidas. Infelizmente, não tenho um top final, porque amo todas como filhas. Cada uma tem o seu espaço, e como sempre disse, o objectivo foi criar um equilíbrio entre criação e clássicos. Eis a lista final.
1. Prego do Acém, em brioche, com molho holandês. (Reconstrução)
2. Club Sandwich. (Receita Clássica)
3. Maguro Tataki Sanwich. Atum mal passado, cebola, Soja, limão, wasabi em baguete. (Reconstrução)
4. Sandwich de Caril de camarão tigre com Rúcula. (Receita Clássica)
5. Croissant barrado com foie gras selado na frigideira e omoleta mal passada. (E L.A.E criou o mito)
6. Bagle de salmão selvagem da Escócia, com manteiga, alcaparras, cebola picada e limão. (Receita Clássica)
7. Pão de cachorro, salsicha fresca, emulsão de mel e mostarda, ovo estrelado.
E em 7 posts se faz uma Sandwicharia. Em tom de excepção, à normal incoerência, penso que estamos perante um raro acto de acerto. Vejamos, 3 ingredientes clássicos em pratos de “peixe”, atum, salmão, camarão. 3 bestsellers em carnes, acém, frango, salsicha. Um paté de pato e duas formas de ovo: omoleta e estrelado, em 7 diferentes variações de pão.
L.A.E jura que não sabe como fez isto. Aliás, creio que neste ponto, todos concordamos: impossível ter sido de propósito. Há que ultrapassar este momento, e voltar à normal incoerência, apatia e piada fácil.
Em criança, era fã número um do Astérix, e tenho, tinha, terei em parte incerta, toda a colecção do dito herói. Para o leitor atento, rapidamente se percebe que há alguma componente gastronómica nos livros. L.A.E teve que ler todos os livros, vezes sem conta, até se aperceber disso.
Mas de facto, aquela imagem do romano a comer salsichas com mel, para sempre ficou gravada na minha memória. (Gira esta viagem pelo cérebro de um primata). À medida que o gosto e técnica de L.A.E foram evoluindo, foram sendo acrescentadas algumas notas, reparos técnicos, até que um dia... estava preparado, qual Jedi. Retirando a parte que não consigo virar um hambúrguer, com o poder da mente, reconstruí o imaginário de criança, deixei cair a caneta de crítico ao chão, e a minha vida nunca mais foi a mesma.
Tal como L.A.E costuma dizer, quando um Snack Histórico faz pop, já não há stop. E este, já lá vai. Gentilmente oferecido pelo imaginário de L.A.E. O bite size que, até agora, teve a mais elevada percentagem de odor a naftalina.
A verdade, é que à semelhança de outras temáticas, a salsicha não cabe neste post. Esta é a realidade. Existem tantas variações como cuecas. E nisto da salsicha, L.A.E não veste qualquer cueca. Por exemplo, se não compro roupa interior em lata, por uma questão de princípio, salsicha em lata é coisa que não visto. Aquilo não é salsicha, não é cueca, não é nada.
Atendendo que só na Alemanha existem mais de mil variações e que em Portugal temos um chouriço em cada estação e apeadeiro, é complicado encontrar uma referência incontornável. Ao contrário do presunto que é uma peça rainha, numa monarquia onde há reis, nobreza, clero, corte e plebe. A salsicha é a plebe. É uma multidão de chineses, na qual não distinguimos ninguém.
Por isso, há que confiar no instinto, nos olhos, no cheiro, no talhante, nas percentagens de gordura, tipo de gordura, etc. Mas quando se encontra um parceiro de confiança, é salsicha para a vida. E porque não fazer a própria?

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Como já se viu, esta sandwich amadureceu durante muitos anos na minha cabeça e cresce de quatro referências: 1. O tal quadrinho das salsichas com mel no livrro do Astérix. 2. Cachorro quente (daí vem a mostarda e tipo de pão) 3. Salsichas com ovos. 4. Ovo estrelado com pão.
Um pequeno passo para o leitor, 20 anos de reflexão para L.A.E.
Mas o meu dia acabou por chegar. Primeiro, foi um prato de parto complicado. Explico. Estava em Lisboa, acabadinho de agarrar umas salsichas de primeiríssima qualidade. Se contasse onde e como, só aumentava a, já extensa, lista de pessoas que gostariam de ver L.A.E com todos os dedinhos das mão partidos.
No dia seguinte, de viagem para Ponta Delgada não me saía da cabeça a ideia de fazer esta sandwich. Mas uma coisa sempre me demoveu, o pão. Bimbo é de bimbo. Não existe. Mas, eis que ao sobrevoar a cidade consigo ver nitidamente o Maurício dos cachorros. Lembrei-me, naquele preciso momento, que às horas que comi cachorros naquela instituição, era impossível recordar-me do pão.
Só por direcção assistida chego à Vila Franca, onde nas festas do Senhor da Pedra, como uns cachorros fenomenais. Muito por culpa do pão, que é uma espécie de algodão doce, sem ser quase nada doce.
Após dura negociação, pois não queriam vender o pão sem o recheio, dou por mim com as mãos na salsicha. Grelhador de ferro bem quente, marca salsicha. Forno. Emulsão de mel e mostarda até ao ponto de desejado. Tira salsicha, rega com a emulsão. Forno.
No grelhador de ferro, colocar o pão aberto, mesmo sobre a gordura da salsicha. Na boca do lado, manteiga, abre ovo. Com uma colher, L.A.E derrama a gordura por cima do ovo. Tira pão do grelhador de ferro. Põe salsicha, volta a regar com um pouco de emulsão de mostarda e mel, dobra o ovo para dentro do pão.
Se escrever mais uma linha sou preso, por um crime ainda não previsto no código penal. Comidófilia?!?

Fazendo a "Sarsicha"



Comentários

  1. Caro Luis ,

    ao que parece meu comentário foi abduzido ...

    seriam graves os erros de português...?? kk

    abraços pedagógicos

    Pedro Botelho

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  2. Olá Pedro. Jamais. Jamais L.A.E apagaria um post seu. Por respeito e admiração, mesmo com erros de português. Que diga-se de passagem estão limiar da inexistência. Por isso, não percebo.
    Será um erro/problema ocasional?
    É que não sou muito amigo de censuras.
    No entanto, só a L.A.E cabe o papel de pedir desculpa pelo sucedido.

    Abraço atlântico,
    L.A.E

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