Este patrocínio da Lacoste vem, por isso, claramente no momento errado da carreira de Djokovic, isto do ponto de vista da marca. Mas esta foi só a primeira decisão errada, ou pelo menos não tão acertada. Convenhamos que é um ícone do desporto, um cavalheiro e de número 4 para baixo ainda vão mais de mil individuos. Errado do ponto de vista de uma marca é patrocinar um jogador com o talento e qualidade de Djokovic, mesmo numa fase menos boa, e não fazê-lo em exclusivo, gastanto contudo uma pipa de massa. Suponho. Não acredito que o Nole fizesse por menos de uma boa pipa. Em cascos de carvalho francês e tudo.
Agora quando vemos o Djokovic em campo, que é onde o vemos a maioria das vezes, das primeiras coisas que reparo é que usa uns ténis da Adidas. Será uma questão de proporções e da forma como ambas as marcas se comportam. O crocodilo elegante e discreto, a Adidas com uma espécie de logotipo gigante nos pés. Mais a mais, sabe-se que num jogo de ténis o momento morto em que mais nos podemos relacionar com equipamentos e marcas é no momento do serviço. Ora pela posição normalmente adoptada pela câmara no momento do serviço não deixa de ser curioso que a Lacoste desaparece completamente, e a Adidas ganha ainda mais força e presença em Djokovic.
Que péssimo negócio para a Lacoste, neste sentido. No sentido de media, no sentido de presença. E tudo isto não deixa de me fazer uma enorme confusão, até porque a Lacoste tem e produz ténis. Até raquetes fazia.
Fica a ideia que existirão outros contratos que não permitirão equipar o atleta em exclusivo. Não é isto que desculpa aquilo que na evidência parece ser um mau negócio. Eu se gerisse a marca preferia esperar, pois por mais que quisesse patrocinar um jogador de topo, pois teria a perfeita noção que a Adidas iria roubar todo o meu jogo e isso não fica bem no mundo do ténis.
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