Se nos Estados Unidos o sexo oral não é adultério, então porque o simples: - obrigado!, devia ser?


Estou a aprender uma valorosa e inestimável lição de vida: fica sempre bem dizer obrigado a uma mulher. Crescemos com a prerrogativa que devemos ser cavalheiros, abrir a porta do carro e do restaurante, empurrar a cadeira para a frente e oferecer o lencinho, de preferência perfumado. No livro, ou naquilo que um Pai deve ensinar a um filho em relação às mulheres não vem a palavra obrigado. Imagino que os mais audazes diriam: No fim, diz obrigado.


Faz o que o teu Pai manda.


Não, não o digas no fim meu filho, é o que vou ensinar ao meu. Diz logo, no primeiro vislumbre, na primeira batida de coração: Obrigado. Sim, obrigado só por existires. Obrigado tem um poder inesperado e quase perturbador. A sua força residirá no grau de franqueza que lhe conseguirmos emprestar. Temos que sentir. E quando sentimos e o dizemos é arrebatador.


Faça você mesmo


Pareço exagerar?, bem sei. Experimentem. Não custa nada, nem mal nenhum vem ao mundo. Olhem nos olhos, óbvio e essencial, e digam com a alma: obrigado. Obrigado pelo troco, pelas informações, pelo café, pela dica, pela gentileza...bom, não interessa porquê desde que se crie a oportunidade para dizer obrigado olhos nos olhos. Porque quando é dito com alma e franqueza, uma mulher sabe que tudo aquilo que reverba como um aparente e simples agradecimento, é mesmo um agradecimento, mas muito mais profundo e complexo do que a superficialidade inicial possa esboçar. Elas sabem, eu sei. A vida continua.


O meu Pai colocou as coisas menos ou menos assim.


Tenho ideia do meu pai resumir tudo isto, após um longo discurso sobre hospedeiras, um fetiche natural na geração dele, a uma ideia que acabaria muito próximo daquilo que é o flirt. Que me perdoe o meu Pai, e todas as hospedeiras da TAP, mas obrigado é qualquer coisa acima do flirt. Para mim, o conceito de flirt não se embebe na ideia de cavalheirismo, ou não será a sua natureza. Enquanto o obrigado, será sempre o obrigado. Irresistível. É dar e reconhecer à mulher a condição que ela merece, e precisa, a condição de única. Cada mulher é única e cada uma delas merece o meu obrigado.


Aposto que dizes isso a todas.

O iPhone é desenhado na Califórnia e fabricado na China, enquanto na caixa são todos iguais. No segundo em que um salta para as minhas mãos, é meu. As minha impressões digitais tornam-o único e meu. Neste sentido, o obrigado também é sempre a mesma palavra.

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