O que vê de mal nesta fotografia?

Eu vejo um manifesto azar por parte da Burger King. Se tinha a expectativa de vender 100 mil croissa”wich’s”, agora só vai vender menos 1. Convenhamos que na época de crise em que vivemos, ainda faz diferença. Mesmo assim, muito a Burger King tem de agradecer por existir no país do mundo onde provavelmente se come pior. Ou no que há mais veneno à disposição. Tanto faz, porque se não morres de uma forma, matam-te da outra. Há muito a refletir sobre a economia do hambúrguer. É um dos únicos campos onde o afamado sentido patriótico americano se dilui por completo no Ketchup da ganância e manigância. Como tal, não têm qualquer pudor em matarem-se uns aos outros por um punhado de dólares. Mas uma das ilações mais interessantes da Burgernomics, não tem a ver com colesterol e ataques do coração. Tem a ver com o índex Big Mac, criado pelo The Economist, em 1986. Em quase todos os países do mundo há Big Mac e é feito com os mesmos ingredientes. Porém o seu custo varia de país para país. Por exemplo, um Big Mac custa $4.07 na América, mas na China custa $2.27, 44% mais barato. Ora, o que este suculento índice nos diz é que o Yuan está subvalorizado 44% em relação ao Dólar. Os chineses, apreciadores de outras iguarias igualmente letais, regulam a economia com a valorização e desvalorização do Yuan e em função das suas exportações, quando precisam de subir, desce o Yuan e provavelmente o consumo de Big Mac, e vice versa. De há 26 anos para cá o Big Mac Index conseguiu granjear tantos fãs na política e na economia, como arranjou gente que disposta a morrer por ele comendo-o. E eu proponho desde já a criação de um Index Presunto Serrano para a península ibérica, a ver se comemos esta crise daqui para fora. Artigo Burgernomics aqui

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