Dará o Caril um bom sabor de pastilha elástica? • 7 Sandwich’s • 7 dias • 7 posts :: Nº4

Vindos de uma sandwich com peixe, L.A.E aproveita para apanhar uns camarões tigre. Congelados. Começa o desgosto. Porque raio que 99% dos camarões que consumimos são congelados? Por exemplo, na Galiza comem-nos frescos. E apesar de ser um produto que se dá muito bem com o processo de congelação, como a ervilha, comê-lo fresco é outro campeonato. Quer dizer, parece-me lógico. Vejamos, L.A.E já não é grande coisa. Agora imaginem depois de congelado, posto numa arca, meio descongelado, por causa da fila do caixa e do trânsito, recolocado no frio e aberto num dia de conveniência?


Bem Vindos ao 4º episódio da série • 7 Sandwich’s • 7 dias • 7 posts. Ontem fui assaltado, sem misericórdia na banca do peixe. Hoje, L.A.E toma-lhe o gosto, e dirige-se, por iniciativa própria, a um banco de camarão tigre, que também não vale o que pagamos. Repete-se o ritual do assalto.

Como pretendo um equilíbrio entre criação e clássicos, aqui segue o sumário das edições até agora programadas, das 3 que faltam.

1. Salmão Fumado em Bagle

2. O cavalo negro. A grande surpresa.

Apesar das evidentes dificuldades em fazer contas, e após alguns minutos a olhar para os dedos, L.A.E rapidamente chega à conclusão que há uma surpresa para além do cavalo negro. Ou seja, depois da grande surpresa, a surpresa. De mestre. Que cadência! Que ritmo! Que apogeu! L.A.E decide levar o leitor aos píncaros e depois oferece-lhe uma coisa, não tão boa, não tão grandiosa, acabando uma nota abaixo do que podia acabar. Parece premeditado. Só para que não saia deste blog a pensar que, por aqui, se poderia passar alguma coisa de jeito.

O Caril é uma temática bastante complexa para se abordar dentro deste conceito sandwich. Se disser que é feito de uma forma, vai aparecer por aqui um anónimo, qualquer, a dizer que viu a ser feito de outra maneira. E viu. O Caril transformou-se numa espécie de parlamento português. Perdeu a credibilidade. E nem nos vale aquela velha desculpa: ahhh no tempo de Salazar é que era. Porque não era.

Provavelmente, Salazar nunca provou caril, mas não me arrisco. Diz que era bom garfo. Só não tinha jeito para se aguentar na cadeira.

É claro que cheira a Snack histórico por todos os lados, o aroma a Caril é de facto uma coisa que não se aguenta, de bom. O momento que se segue contem informações, eventualmente, chocantes. Avisados estão os leitores com o palato mais sensível.

O caril é uma invenção ocidental, criada por donos de restaurantes, que assim descrevem a junção de várias especiarias, numa única palavra. A primeira vez que foi confeccionado em casa de L.A.E, por um amigo, aquele frasquinho que diz: Caril, não entrou lá em casa. Não entrou, porque fizemos o Caril. A clássica combinação de: alho, cebola, tamarindo, cominhos, coentros, gengibre, chili, cardamomo, pimenta e funcho.

A confusão nasce, porque o Caril varia de pais para pais. Podemos identificar 3 grandes tipos: o africano, o asiático e o indiano. Daí o nascimento do Sound Bite: Caril. Caril quer dizer que podemos meter o que quisermos na panela. Se correr bem, somos os maiores. Se correr mal, sempre podemos culpar a oposição. Persistindo na comparação, o Caril está para o parlamento, como o cheiro a chamuça frita, está para o cheiro a esturro. Ao pé destas duas instituições, o blog de L.A.E até parece um Taj Mahal.

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Este programa é oferecido por: Padeirinha.















O Camarão é um bicho sensível, quando cozido demais, fica muito fibroso. E vai de óptimo a intragável, como o Sá Pinto de Director Desportivo a arruaceiro. Mas é muito fácil evitar os dois. 1. Basta não ir ao jogos do Sporting. 2. Pouco tempo de cozedura do camarão.

Por isso, o caril é feito de modo clássico, sendo retardada, ao máximo, a entrada do camarão. Quando entra, é dar um pouco de cor de ambos os lados, verto o leite de coco. Tapa. Ferve. Está feito.

Já se sabe que o assunto do Pão não é fácil. A nossa cultura, neste aspecto, está na média. Ou seja, é baixa. Mas encontra-se por aí umas versões individuais de pão de mistura, vendidas como caseirinhas, padeirinhas, aljuzbarrotazinhas, eu sei lá. Escolham uma que seja leve, apertem para ver se está crocante e cheirem. Este simples processo, permite avaliar se o pão está cozinhado ou não. A massa crua tem um cheiro completamente distinto da massa feita.

Para fechar esta 4ª receita de sandwich: usar umas folhas de rúcula, colocar o Caril na supramencionada caseirinha, semi aberta. Apertar os cintos de segurança e partir. Acompanha com a Cerveja Indiana: Cobra.

O Governo da República Portuguesa adverte os caros deputados: Não são permitidas sandwich’s de Caril no hemiciclo. Também não é recomendável a leitura deste blog. De seguida, passamos à aprovação da lei de dedução fiscal especial sobre o Strip Tease.




Comentários

  1. Estas capas de revistas! São dignas do CCB. Nunca mais apimenttas-te esta coisa porque?

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